Muitas pessoas acham que gostar de trabalhar além do horário, ou seja, ser um típico workaholic, é uma vantagem competitiva no mercado de trabalho. A realidade, porém, é diferente. Além de ser ruim para o próprio profissional, contar com viciados em trabalho pode ser prejudicial para os resultados da empresa. Veja como lidar com esse tipo de profissional.


Como identificar os viciados em trabalho

Os viciados em trabalho são aqueles que constantemente trabalham mais de 12 horas por dia no escritório e ainda têm o costume de levar serviço para casa. Eles também constantemente recebem críticas por, no fim de semana, ficarem sempre de olho no celular e checarem as mensagens a cada hora para ver se existe alguma pendência no trabalho.

Segundo o especialista em recursos humanos Celso Bazzola, diretor executivo da Bazz Consultoria, é cada vez mais fácil localizar uma pessoa com esse problema. “Hoje são constantes os casos de workaholics, e isso se percebe a partir do momento que a pessoa não consegue se desligar do trabalho, deixando de lado sua convivência social com familiares ou amigos”, afirma.

Para Bazzola, a situação pode ser bastante problemática. “Para empresa a situação traz mais desvantagens do que vantagens. Inicialmente pode ser interessante, pois a velocidade dos resultados é satisfatória, porém há um desgaste emocional natural do profissional, pois ele estará isolado e restrito ao tema trabalho, bloqueando sua sociabilização”.


Mas nem todos que trabalham muito podem ser considerados viciados em trabalho. “Também podemos identificar o ‘worklover’, termo que corresponde àquelas pessoas que, na verdade, são apaixonadas pela sua profissão”, destaca Mariana Almeida, gerente de Recursos Humanos da Mega Sistemas Corporativos. Estes indivíduos são movidos pelo amor à profissão que escolheram, um sentimento mais saudável.

Segundo Mariana, é muito importante saber em qual perfil o profissional se encaixa, para que ele evite ultrapassar a linha tênue que separa a paixão do vício. “Ser ‘workaholic’ é extremamente perigoso para a saúde do corpo e da mente”, garante.

Além de insônia e ansiedade, Mariana chama atenção para a chamada Síndrome do Burnout, nome dado a um estresse ocupacional caracterizado pelo desgaste físico e emocional, muito similar à depressão, mas com o foco no próprio rendimento profissional. “Quem está nesse estágio necessita, além de ajuda especializada, repensar todas as escolhas relacionadas à carreira”, explica.



Como ajudar os viciados em trabalho

A empresa e o setor de recursos humanos têm um papel muito importante ao lidar com os viciados em trabalho. Veja o que é possível fazer:

1. Não proíba

Proibir horas extras ou trancar escritórios não traz resultados. Aja de maneira estratégica, conversando com o funcionário para entender a origem do problema dele.

2. Sugira um coach

Caso a origem do problema dos viciados em trabalho seja insegurança, indefinição profissional ou ainda falta de capacidade para eleger prioridades ou dizer não, o acompanhamento de um coach pode ser a solução.

3. Faça uma autoanálise

Talvez o problema de ter viciados em trabalho seja da empresa, não do empregado. Se for esse o caso, o funcionário precisa ser assertivo e ter elementos concretos na hora de colocar o tema para a área de RH. Por exemplo, fazer uma lista de tarefas com o tempo necessário para cada uma ser realizada, um relatório detalhado sobre os elementos e a infraestrutura necessários para um projeto.

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Fonte: Gestão do site Vivo Negócio